14 de maio de 2012

Tecnologias na Educação - uma ferramenta de ensino/aprendizagem

Compartilho com vocês um texto que produzi a partir de um texto sobre tecnologias na educação do professor  José Junio Lopes. É meio extenso, mas vale à pena ler.



Conforme Levy (1994) a “escrita, a leitura, a visão, audição, criação e aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada”. Na história primeiro a informática foi introduzida no ambiente escolar com o principal objetivo de oferecer aos alunos o contato com a tecnologia, além de fornecer formação tecnológica. Hoje, com o passar do tempo, as escolas perceberam o potencial dessa ferramenta e passaram a introduzir a informática educativa, que vai além de promover o contato com o computador, mas de também ser usada como instrumento de apoio às matérias, no processo de  fortalecimento do ensino/aprendizagem.
Jonassem (1996) classifica a aprendizagem em aprender “a partir”, “acerca”, “através” e “com” a tecnologia. Segundo Marcam Flores (1996) “a informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, em fim, ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do individuo”.
O professor tem um papel fundamental neste processo de introdução da informática na escola. O docente, por sua vez, deve ir ao laboratório dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso. Isso porque o professor deve apropriar-se dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula. Desta forma, o corpo docente deve estar mobilizado para fazer um bom uso da informática e, para isso, ele deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento do aluno e não um mero transmissor de informações. Neste processo de motivação do professor está inserida a figura do coordenador de informática. Este precisa estar constantemente sugerindo e incentivando o professor, pois não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor, mas sim, estar presente um facilitador que gerencie o processo pedagógico. Este coordenador de laboratório não deve ter apenas uma formação técnica, mas sim ter uma formação pedagógica, não necessariamente precisa ser um pedagogo, mas estar envolvido no processo pedagógico, com experiência de sala de aula. Esse profissional deve entre tantas funções, ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares, estar atento e conhecer os projetos pedagógicos da escola, ter uma visão geral do processo e estar receptível às devidas interferências nele, além de perceber as dificuldades e o potencial dos professores para poder ajudá-los e instiga-los.
Em quatro momentos podemos definir a introdução da informática no ambiente escolar. Primeiro é quando se introduz a informática educativa na escola. Isso ocorre quando o professor reproduz sua aula na sala de informática. No segundo momento é explorada essa ferramenta na forma de ajudar no processo de aprendizagem. O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade, na busca de alternativas para reorganizar o saber. Já no quarto e último momento ocorre a transcendência além da sala de aula, dos muros da escola, da cidade, do país e do mundo  - é um momento de troca, da comunicação e participação comunitária, chamado de aprendizagem cooperativa. Neste momento, o conteúdo é trabalhado dentro de um contexto, da coletividade.  Neste aspecto, como diz Levy (a construção do conhecimento passa ser igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço. Ninguém tem a posse do saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, de forma a fazer uma inteligência coletiva).
Falando de informática, não podemos esquecer da internet e que na escola é usada na maioria como pesquisa de informações. Não esquecendo que essa ferramenta tem um grande potencial que é a comunicação, portanto, a internet é muito mais que o acesso à informação, é uma rede de comunicação.
Conclui-se que o processo de introdução da informática no ensino passa por alguns momentos, os quais citamos acima; que é importante a figura do coordenador de informática que articula, busca novas alternativas e gerencia o processo auxiliando o professor que deve estar engajado num processo pedagógico, com apoio da direção que por sua vez oferece os recursos necessários.

Patrícia Parreira
Jornalista, acadêmica do curso de Letras/Espanhol UAB/UFSM e pós-graduanda do curso de Formação Pedagógica para Cursos Técnicos e Tecnólogos.

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