Conforme Levy (1994) a “escrita,
a leitura, a visão, audição, criação e aprendizagem são capturadas por uma
informática cada vez mais avançada”. Na história primeiro a informática foi
introduzida no ambiente escolar com o principal objetivo de oferecer aos alunos
o contato com a tecnologia, além de fornecer formação tecnológica. Hoje, com o
passar do tempo, as escolas perceberam o potencial dessa ferramenta e passaram
a introduzir a informática educativa, que vai além de promover o contato com o
computador, mas de também ser usada como instrumento de apoio às matérias, no
processo de fortalecimento do
ensino/aprendizagem.
Jonassem (1996) classifica a
aprendizagem em aprender “a partir”, “acerca”, “através” e “com” a tecnologia.
Segundo Marcam Flores (1996) “a informática deve habilitar e dar oportunidade
ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo
ensino/aprendizagem, em fim, ser um complemento de conteúdos curriculares
visando o desenvolvimento integral do individuo”.
O professor tem um papel
fundamental neste processo de introdução da informática na escola. O docente,
por sua vez, deve ir ao laboratório dar sua aula e não deixar uma terceira
pessoa fazer isso. Isso porque o professor deve apropriar-se dessa tecnologia e
introduzi-la na sala de aula. Desta forma, o corpo docente deve estar
mobilizado para fazer um bom uso da informática e, para isso, ele deve ser
capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento do
aluno e não um mero transmissor de informações. Neste processo de motivação do
professor está inserida a figura do coordenador de informática. Este precisa
estar constantemente sugerindo e incentivando o professor, pois não basta haver
um laboratório equipado e software à disposição do professor, mas sim, estar
presente um facilitador que gerencie o processo pedagógico. Este coordenador de
laboratório não deve ter apenas uma formação técnica, mas sim ter uma formação
pedagógica, não necessariamente precisa ser um pedagogo, mas estar envolvido no
processo pedagógico, com experiência de sala de aula. Esse profissional deve
entre tantas funções, ter uma visão abrangente dos conteúdos disciplinares,
estar atento e conhecer os projetos pedagógicos da escola, ter uma visão geral
do processo e estar receptível às devidas interferências nele, além de perceber
as dificuldades e o potencial dos professores para poder ajudá-los e
instiga-los.
Em quatro momentos podemos
definir a introdução da informática no ambiente escolar. Primeiro é quando se
introduz a informática educativa na escola. Isso ocorre quando o professor
reproduz sua aula na sala de informática. No segundo momento é explorada essa
ferramenta na forma de ajudar no processo de aprendizagem. O terceiro momento é
marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela
interdisciplinaridade, na busca de alternativas para reorganizar o saber. Já no
quarto e último momento ocorre a transcendência além da sala de aula, dos muros
da escola, da cidade, do país e do mundo
- é um momento de troca, da comunicação e participação comunitária,
chamado de aprendizagem cooperativa. Neste momento, o conteúdo é trabalhado
dentro de um contexto, da coletividade.
Neste aspecto, como diz Levy (a construção do conhecimento passa ser
igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço. Ninguém tem a posse do
saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas,
de forma a fazer uma inteligência coletiva).
Falando de informática, não
podemos esquecer da internet e que na escola é usada na maioria como pesquisa
de informações. Não esquecendo que essa ferramenta tem um grande potencial que
é a comunicação, portanto, a internet é muito mais que o acesso à informação, é
uma rede de comunicação.
Conclui-se que o processo de
introdução da informática no ensino passa por alguns momentos, os quais citamos
acima; que é importante a figura do coordenador de informática que articula,
busca novas alternativas e gerencia o processo auxiliando o professor que deve
estar engajado num processo pedagógico, com apoio da direção que por sua vez
oferece os recursos necessários.
Patrícia Parreira
Jornalista, acadêmica do curso de
Letras/Espanhol UAB/UFSM e pós-graduanda do curso de Formação Pedagógica para
Cursos Técnicos e Tecnólogos.
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